Hello! My name is Aisa. I am 9 years old.
I live in Lithuania. Please watch my video.
I made it myself. I hope you like it.
Carl Cox | Eric Prydz | Rezz
youtube.com/watch?v=7kdIld6uuGI
13/05/2011
Aos Puristas!!!!
Deixem em paz a nossa língua
Autor(es): Lya Luft
Veja - 09/05/2011
Nasci com essa paixão, esse encantamento pelas palavras. Quando pequena, repetia para mim mesma as que achava mais bonitas: pareciam caramelos na minha boca. Colecionava mentalmente as mais doces, como translúcido, magnólia, borbulha, libélula, e não sei quais outras. Lembro que por um tempo detestei meu nome curtinho e sem graça: pedia a minha mãe que o trocasse por algo belo como Gardênia, Magnólia, Virgínia. Açucena me fascinou quando o li no meu livro de texto no 1º ano da escola, e quis me chamar assim. Mas eu queria muitas coisas impossíveis. Como lia muito (minha cama era embutida em prateleiras onde, em horas de insônia, bastava estender a mão e ter a companhia de um livro), a linguagem cedo fez parte da minha vida como as ficções. Eu lia o que me caía nas mãos, desde gibis até complicados volumes que eu não entendia mas pegava na biblioteca de meu pai, e lia achando impressionante ou bonito, misterioso ou triste.
Comecei a trabalhar com a nossa língua bastante cedo, traduzindo obras literárias do inglês e do alemão. Mais ou menos nessa época, início dos 20 anos, passei a escrever crônica de jornal, e poemas avulsos, que aos poucos foram sendo publicados em livros, até finalmente iniciar uma carreira de ficcionista já beirando os 40 anos. Antes disso fiz mestrado em linguística, e fui professora dessa matéria em uma faculdade particular durante dez anos. Não escrevo isso para dar meu currículo, mas para dizer que não desconheço o assunto: ler e escrever são para mim tão naturais quanto respirar, e conheço alguma teoria. Nosso idioma, o português do Brasil, me é íntimo, querido, respeitado, amado - e está em mim como a própria alma. Aliás, a psique se reconhece, se analisa e se expressa através das palavras.
De vez em quando, inventa-se alguma reforma para essa sutil, forte e independente engrenagem. Passei por várias nesses muitos anos, as ortográficas em geral pífias, algumas muito malfeitas. Porém a gente se adapta, até por razões de ofício. Mas, por favor, não tentem defender nosso português de estrangeirismos: a língua não precisa ser defendida. Ela é soberana. Ela é flexível. Ela é viva. Nenhum gramático ou legislador, brilhante ou tacanho, poderá botar essa dama em camisa de força, nem a conter num regime policialesco. Ela continuará sua trajetória, talvez sacudindo a cabeça diante das nossas desajeitadas tentativas de controlá-la. Como dirá qualquer bom professor de português, ou qualquer linguista dedicado, estudioso, uma parcela imensa dos termos que hoje usamos, que por muito usados pela classe culta foram dicionarizados - o dicionário sempre corre atrás da realidade -, começou como estrangeirismo. Não preciso citar, mas cito, garagem do francês, futebol do inglês, coquetel da mesma forma. A língua incorpora esses termos se são úteis, e os adapta ao seu sistema. Botou o “m” final em miragem, por exemplo, porque no nosso sistema as palavras não terminam em “age”.
Muitos termos não podem ser traduzidos: quem diz isso é esta velha tradutora que dedicou a isso milhares de horas de sua vida. E não é possível formar frases decentes, fluidas, claras, expressivas como devem ser as frases, se a cada “estrangeirismo” tivermos de fazer um rodeio, uma explicação da palavra intraduzível. Isso, além do mais, nos colocaria na rabeira do mundo civilizado e globalizado, onde palavras - como objetos de bom uso - circulam de um lado para outro, pousam aqui ou ali, adaptam-se, ou simplesmente passam. Quando não passam, é porque são necessárias, e acabam colocadas entre aspas ou em itálico. Línguas altamente civilizadas usam “estrangeirismos” livremente, sem culpa nem preconceito, como fator de expressividade. Isso nem as humilhou, nem as perverteu: ficaram enriquecidas. Nós é que precisamos lutar contra uma onda terceiro-mundista, uma postura de inferioridade que nos faz gastar energias que poderiam ser aplicadas em algo urgente como um orçamento vinte vezes maior para a educação do nosso povo.
Deixem em paz a nossa língua
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12/05/2011
Imperdível a leitura do texto de Sírio Possenti
Língua ou gramática, eis a questão
Sírio Possenti
De Campinas (SP)
Uma passagem de uma coluna do professor Pasquale (Folha de S.Paulo, 08/01/2009, p. C2) fornece o pretexto para explicitar aspectos de uma questão que quase sempre são inadequadamente misturados. Começa citando um poema de Bandeira, que foi musicado por Dorival Caymmi e do qual se tratou em prova da Fuvest: "O rei atirou / sua filha ao mar / e disse às sereias: / - Ide-a lá buscar".
A propósito das questões formuladas (uma perguntava pelo efeito expressivo de "ide" e outra mandava substituir a segunda pessoa do plural pela terceira), mas depois da segunda, que talvez até seja mais fácil que a primeira, faz o seguinte comentário: "Agora o bicho pega de vez, ao menos para quem teve o azar de estudar com "professores" que julgam que nas aulas de português só se deve falar da língua viva, da língua de hoje".
Há vários aspectos nesta passagem que merecem comentários. As aspas em "professores" (que poderiam estar também em "professor" Pasquale, querendo), o comentário "agora o bicho pega de vez", curiosamente depois da segunda questão, que supõe conhecimento de língua de hoje, a viva, mas, especialmente, a "mistura" implícita entre aulas de português e aulas de gramática.
Como disse, as questões da prova mandam discorrer sobre o efeito expressivo da forma "ide" e, depois, substituir esta forma pela terceira do plural - "vão". O professor Pasquale supõe - ou permite que se suponha - que as respostas podem ser dadas com base no estudo das formas gramaticais da língua mais "antiga" e que alunos que só tivessem estudado a língua viva se sairiam mal na prova.
Ora, nada garante que quem estudou as formas antigas - a conjugação verbal como está nas gramáticas - se dê conta do efeito expressivo de uma forma mais ou menos antiga ("ide"). Muitos estudantes que têm o azar de ter "professores" que não falam do português de hoje ficam mudos diante de perguntas como essa, porque esses professores dificilmente falam de efeitos expressivos...
Mas a questão não é bem essa. A principal é a tese implícita da coluna: "estudar" formas antigas permite compreender seus efeitos. Ora, isso não é obvio. O que importa é distinguir duas coisas: estudar gramática do português e estudar português. Em tese, é perfeitamente possível estudar gramática (fazer gramática, aprender como se faz gramática) sem estudar português, no sentido de saber explicitar a relação entre o emprego de uma forma e seus efeitos de sentido.
Estudar (fazer?) gramática na escola, no que se refere a um item próximo do que está em questão, uma conjugação verbal, seria mostrar, com base em dados, que, considerados diversos contextos e épocas, as formas verbais se distribuem mais ou menos assim:
Na primeira coluna estão as formas verbais das quais se pode dizer, um pouco simplificadamente, que são mais típicas da escrita culta e de épocas mais antigas (um dos efeitos do emprego de algumas dessas formas, especialmente de "ides", é de "arcaísmo" ou de "solenidade"). A coluna mostra que há, nessa variedade da língua portuguesa, seis formas verbais, uma para cada "pessoa".
Na segunda coluna estão as formas associadas, também um pouco esquematicamente, à fala culta atual. As formas são, como se pode ver, três ou quatro, e não seis. Na escrita, "a gente vai" ocorre bem menos vezes do que "nós vamos". Mas na fala é o contrário que se dá. Para convencer-se disso, basta ouvir conversas de bar, mesas redondas, entrevistas, declarações no rádio ou na TV. Sim, de gente culta.
Na terceira, estão representadas as formas verbais menos cultas, mais "rurais", talvez caipiras, em sentido técnico (e que se ouvem em algumas conversas, mas, especialmente, naquelas em que se representa a fala do caipira, do homem do campo - basta ver certos quadros de humor). Nesta gramática há somente duas formas verbais (parece inglês...).
Fazer gramática assim é estudar aspectos da língua como se faz, digamos, em botânica ou anatomia. Constata-se que as plantas e os tecidos são os que são e que são como são, independentemente de gosto, predileção ou nojo. Tripas são tripas..., mesmo se chamadas de intestinos. Sofisticando um pouco, constata-se (e explica-se) o que ocorreu e o que está ocorrendo. Por exemplo, podem-se explicar aparentes "misturas" como "a gente vamos", forma que se ouve bastante e que se encontra também nos clássicos: "a gente" é uma expressão que se refere ao falante e a outra pessoa, exatamente como "nós"; daí a forma verbal tipicamente associada a esse pronome.
Os efeitos que decorrem de empregar tais formas têm mais a ver com "estilo" do que propriamente com gramática, embora, é claro, as questões se superponham em mais de um sentido. E não explicitam nada disso. Ficam esperando as provas da Fuvest ou da Unicamp para mostrar ... aquilo que gostariam de ter feito.
Voltando ao tema: não imagino que haja algum professor, com aspas ou sem aspas, que ensine na aula as formas verbais da terceira coluna, ou mesmo da segunda. Mas existem professores que papagueiam as formas da primeira como se elas fossem empregadas correntemente e como se os efeitos de seu emprego fossem óbvios.
Como é que os alunos desses "professores" podem se dar conta, por exemplo, do efeito do emprego de formas como "hei de ser" (Flamengo sempre eu hei de ser...), se não estudam essa forma verbal do futuro, mais antiga do que "serei"?
Aqui, a meu ver, está a questão fundamental, quando se trata de ensino: há uma certa divisão de tarefas - e de métodos - entre o estudo de gramática (os objetivos desse tipo de estudo deveriam ser claros, aliás) e a prática, que envolve várias questões, de ler textos adequada ou sofisticadamente.
Por exemplo: ler Camões não supõe necessariamente estudar explicitamente a gramática do português camoniano (com suas passivas características como "o mar que dos feos focas se navega", por exemplo), mas supõe saber comentar minimamente tais estruturas, e, especialmente, ser capaz de fazer delas paráfrases adequadas.
Ler Guimarães Rosa não supõe a construção de uma gramática do "rosês", mas sim a capacidade de verificar em que medida as formas dessa interlíngua produzem os efeitos que produzem. E de explicar a peculiaridade dessa obra exatamente pela relação entre tema, ambientação e linguagem - que não é uniforme, aliás. Basta ver as diversas falas no julgamento de Zé Bebelo (como mostrou Willi Bolle em grandesertão.br)
As relações entre gramática e leitura / escrita são análogas às que existem entre botânica e paisagismo. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, como dizia o filósofo popular. Bons botânicos não são, em geral, bons paisagistas, nem paisagistas são necessariamente bons botânicos.
Antítese
A palavra que vem do grego antíthesis. Anti quer dizer "contra" e thésis relaciona-se à afirmação. É uma figura de pensamento (categoria das figuras de linguagem) que consiste em opor a uma ideia outra de sentido contrário. O contraste pode tanto se estabelecer entre palavras, frases como entre orações.
Acompanhe trecho da música "Certas coisas":
Não existria som se não
Houvesse o silêncio
Não haveria a luz se não
Fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim
Os versos se constroem a partir de oposições, isto é, de antíteses: som-silêncio, luz-escuridão, dia-noite, não-sim.
As antíteses também estão presentes em provérbios, na boca povo: "Quem quer faz, quem não quer manda". A antítese é encontrada desde a poesia popular, passando pelos sonetos de Camões, muito frequente na poesia barroca e até chegar nos sonetos de Vinicius de Moraes.
Em Camões, há este belo soneto:
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subsiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;
Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Podemos encontrar esta figura de linguagem nos seguintes versos: "Alma minha gentil, que te partiste/ Tão cedo desta vida, descontente, / Repousa lá no Céu eternamente / E viva eu cá na terra sempre triste".
Basicamente, o contraste nesta estrofe - e também nas demais - se configura, pela oposição entre o lá e o cá, isto é, entre o céu, o mundo espiritual, onde se encontra a amada, e o cá, que representa o mundo carnal, terreno, do poeta.
A antítese mostra a impossibilidade de união de dois mundos tão antagônicos como é o caso do mundo espiritual com o mundo carnal, representados no soneto, pelos advérbios lá e cá.
25/04/2011
Paulo Freire nos ensina que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele - assim dizendo ele ressalta a importância do outro na formação do leitor-cidadão, que interage com pessoas e contextos. Essa é uma realidade propícia e profícua para a sala de aula, quando visa, preferencialmente, aquilo que nos ensinou o mestre Freire.
Na contramão dessa perspectiva, é cada vez mais comum encontrar na mídia impressa e televisiva reportagens abordando o tema leitura, às vezes apropriadamente, às vezes não; no entanto, sempre apontando para uma dada leitura prestigiada, aceitável, necessária, opondo-se a outras, nem tanto. É uma abordagem tão constante que chama atenção do espectador e, por vezes, direciona para a ideia de que há uma deficiência leitora nacionalmente posta.
A leitura, enfim, tem se tornado uma preocupação constante tanto nos meios acadêmicos, quanto nos órgãos de educação do governo brasileiro. Pode-se perceber isso através de alguns projetos incentivados e subsidiados por instâncias governamentais.
No entanto, há que se esclarecer: de que leitura estamos falando? Para Paulo Freire, 2009, a leitura é um processo “que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”. Por conta disso, é importante que aqui se tenha claro que a leitura objeto desta reflexão e da qual a escola precisa primordialmente dar conta é a leitura-estar-no-mundo, aquela que torna o texto inteligível em suas várias nuances: lexical, gramatical, de conhecimento de mundo, pois, “... ao professor cabe criar oportunidades que permitam o desenvolvimento do processo cognitivo com o objetivo de formar o leitor crítico.” (KLEIMAN, 2004). É importante deixar bem clara essa perspectiva uma vez que se considere a leitura o fundamento da aprendizagem, notadamente em sua capacidade de interação à distância, permitida através da escrita, por exemplo, sendo que essa interação necessita de uma mediação intencional para a formação do leitor/da leitora com autonomia para engajar-se ou não, para criticar e se tornar leitora/leitor de mundo, tal como nos ensina Paulo Freire em suas obras. Espera-se que a escola dê conta desse processo. E ela dá?
Os textos governamentais sobre o fazer pedagógico referente à língua e à linguagem trazem uma concepção interacional de leitura, na qual o texto é considerado um lugar de trocas e o autor e leitor passam a ser interlocutores que se constroem e são construídos no ato de ler. Nessa perspectiva, a leitura é uma atividade interativa e de construção de sentidos na interação texto-sujeitos (sujeito-autor e sujeito-leitor). Portanto, as orientações para a aula de leitura, assim tomadas, preconizam o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Nesse novo contexto teórico, trabalhar a linguagem como processo de interação exige redefinição de papéis: o professor deixa de ser visto como o agente exclusivo da informação e formação dos alunos e passa a atuar como mediador, tendo o papel de polemizar, discutir, ouvir as diversas vozes, desafiar. Trabalhar nessa perspectiva é ver as interações verbais e sociais como espaço de construção de conhecimento.
Segundo Geraldi (2003) (1) , “Se quisermos traçar uma especificidade para o ensino de língua portuguesa, é no trabalho com textos que a encontraremos”. Cada vez mais o texto tem voltado às salas de aula, seja como objeto de leitura, produção de texto ou análise de aspectos gramaticais, abandonando-se, assim, a prática de valorização da frase, do fragmento. Nos livros didáticos enviados às escolas da rede pública, de um modo geral, encontramos uma grande quantidade de textos variados e, quando possível, na íntegra. Porém, a maior parte deles é consagrada ao estudo da Literatura, tratada numa perspectiva tradicional, pautada na evolução cronológica dos estilos de época das literaturas portuguesa e brasileira e em suas características, figurando, em segundo plano, a experiência de leitura do texto literário. De modo geral, nenhum questionamento ou reflexão é feito acerca da coerência produzida através dos argumentos apresentados, das escolhas lexicais, nem do diálogo entre os locutores da leitura: autor-leitor, nem mesmo é feito um estudo de como o léxico produz sentidos.
A partir do exposto, depreende-se que a proposta de produção de leitura na escola é conduzida de forma totalmente autoritária e acrítica, pois impõe a leitura feita pelos autores do livro didático e o professor/a professora que devia mediar a interação entre texto e leitor não se apresenta enquanto leitor e, portanto, não oferece condições de mediação. Não existe construção de sentidos pelo educando, pela educanda, cuja história de leituras é apagada pelo silêncio do tratamento dado ao texto.
A ESCOLA E A LEITURA ESTAR NO MUNDO
Rosemary Lapa de Oliveira
31/03/2011
Autoria
Obras anônimas, apócrifas, direitos autorais
Você sabe o que é uma obra apócrifa? Já ouviu falar sobre questões de direitos autorais? Ou sabe o que é um eu poético?
Ao ler uma obra literária, é importante pensar em quem foi a pessoa que a escreveu, quando e onde viveu. Saber quem foi o autor da obra ajuda bastante na sua compreensão.
Às vezes a obra pode ser anônima (quando não sabemos quem é o autor) ou até mesmo apócrifa (quando sua autenticidade não está provada). Mas estes casos são menos comuns. Geralmente os autores dos livros são conhecidos.
Procure saber quem é o autor do livro que você está lendo. É um autor antigo ou é um autor contemporâneo.
Se o autor estiver vivo e morar na sua cidade, você pode tentar conversar com ele! Você pode pedir um autógrafo, mandar um e-mail e até tentar ligar para o autor, perguntando sobre o processo de criação do livro, fazendo um comentário. Geralmente os autores gostam de conversar com os leitores.
Direitos autorais
Hoje em dia se fala muito do assunto, já que o avanço da tecnologia deixou os autores em uma situação bastante delicada - por um lado, é muito fácil tirar cópias de um livro, transferi-lo pela internet; por outro, o autor perde o controle do que fazem com sua obra!
É importante lembrar que o livro é o resultado do trabalho de um autor. Por isso o autor é quem detém os direitos autorais sobre a obra.
Se você folhear o seu livro, vai encontrar nas primeiras páginas uma informação interessante: de quem é o copyright (os direitos autorais). O símbolo para copyright é um C no interior de um círculo. Ele nos indica a quem pertencem os direitos morais e patrimoniais sobre a obra. Os textos das obras literárias são protegidas por leis.
O autor tem o direito de ver sua obra respeitada e também tem o direito de ganhar dinheiro pela publicação da obra. Quando alguém traduz, modifica ou copia um texto sem autorização está desrespeitando os direitos do autor e cometendo um ato de pirataria.
Mas podemos citar um trecho de uma obra. Neste caso, indicamos o nome do autor do texto e o título do livro citado.
Ao ler uma obra literária, é importante pensar em quem foi a pessoa que a escreveu, quando e onde viveu. Saber quem foi o autor da obra ajuda bastante na sua compreensão.
Às vezes a obra pode ser anônima (quando não sabemos quem é o autor) ou até mesmo apócrifa (quando sua autenticidade não está provada). Mas estes casos são menos comuns. Geralmente os autores dos livros são conhecidos.
Procure saber quem é o autor do livro que você está lendo. É um autor antigo ou é um autor contemporâneo.
Se o autor estiver vivo e morar na sua cidade, você pode tentar conversar com ele! Você pode pedir um autógrafo, mandar um e-mail e até tentar ligar para o autor, perguntando sobre o processo de criação do livro, fazendo um comentário. Geralmente os autores gostam de conversar com os leitores.
É importante lembrar que o livro é o resultado do trabalho de um autor. Por isso o autor é quem detém os direitos autorais sobre a obra.
Se você folhear o seu livro, vai encontrar nas primeiras páginas uma informação interessante: de quem é o copyright (os direitos autorais). O símbolo para copyright é um C no interior de um círculo. Ele nos indica a quem pertencem os direitos morais e patrimoniais sobre a obra. Os textos das obras literárias são protegidas por leis.
O autor tem o direito de ver sua obra respeitada e também tem o direito de ganhar dinheiro pela publicação da obra. Quando alguém traduz, modifica ou copia um texto sem autorização está desrespeitando os direitos do autor e cometendo um ato de pirataria.
Mas podemos citar um trecho de uma obra. Neste caso, indicamos o nome do autor do texto e o título do livro citado.
FLIPOÇOS 2011 _ Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas
Vejam apenas alguns nomes que estarão presentes no Ciclo de Literatura! De 30 de abril a 08 de maio.
Ariano Suassuna, Frei Beto, Lobão, Loyola Brandão, MV Bill e muitos outros.
Lendo os textos de apresentação de um conjunto de catálogos de livros infantis e juvenis de 2009 e 2010, vi a recorrência de uma metáfora que não me era tão comum: a da leitura como banquete; o leitor aparece, então, como o experimentador de gostos que se forma nesta arte de primoroso e requintado fazer; os livros, como os pratos... O catálogo, claro, como um cardápio!
DICAS GASTRONÔMICAS
1- Leiam a intervalos regulares, porque o dia lhes apresenta muitas tarefas, para as quais é preciso usar o equilíbrio. Façam exercícios, brinquem, dancem, leiam, estudem, trabalhem, sorriam, amem.
2- Leiam sob uma boa luz para não comprometerem a visão.
3- Evitem a monotonia, variando o cardápio: contos, poemas, livros de imagens, quadrinhos...
4- Enriqueçam a dieta, tornando-se multileitores. Leiam jornais, revistas, enciclopédias, páginas da Internet, propagandas, mensagens de carinho, o olhar das pessoas, assistam à tevê.
5- Se vocês não leem habitualmente e querem começar a fazê-lo, não estranhem a presença de alguns sintomas, como bocejos, preguiça, olho que foge da página e fica pregado na janela, vontade de visitar a geladeira... Isso se deve à transformação de seu "metabolismo leitor". Reajam. Em poucos dias, esses sintomas desaparecerão.
6- Não se preocupem com as tais "faixas etárias". Cada leitor possui sua história de leitura e suas experiências de vida que o tornam capaz de fruir textos, por vezes muito além daqueles que imaginamos ser adequados à sua idade cronológica.
Entre em "Pesquisar" e participe do QUIZZ!
21/03/2011
Uma forma interessante de praticar a escrita é fazendo isso através de "diários", em forma de relatos do seu dia a dia. Atualmente as pessoas usam as "redes sociais" como facebook, orkut, twitter , blog e etc. Independente da ferramenta a ser utilizada, seguem algumas dicas para você falar de si mesmo.
Autobiografia
Como contar a sua própria vida
Se biografia é a história da vida de alguém (já que bio é vida e grafia é texto, escrita), o que você imagina ser autobiografia? O prefixo auto quer dizer "a si mesmo", logo o termo se refere à história da própria vida.
Leia a apresentação que faz de si mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos Queiroz (que, aliás, foi o meu paraninfo, com muito prazer):
...das saudades que não tenho Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento... (Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.) – “O mito da infância feliz”. Summus, São Paulo, 1983). |
A autobiografia de Bartolomeu Campos Queiroz é marcada por uma certa tristeza e uma forte crítica tanto à educação dos pais, quanto aos costumes da cidadezinha onde nasceu. Dessa forma, ele rompe com a ideia de que criança é sempre feliz por ser inocente e não perceber os problemas da vida.
O escritor dá a entender que todos nascemos velhos, porque somos parte de vidas já vividas pelos pais e até mesmo pela sociedade - simbolizada em seu texto pela cidadezinha em que nasceu.
Também vale notar a referência irônica ao célebre poema "Meus oito anos", de Casimiro de Abreu ("Oh! que saudades que tenho/ da aurora da minha vida...)
Na biografia, a seleção dos eventos a serem apresentados é definida pelos outros, por isso, a objetividade é mais evidente que na autobiografia, em que a pessoa escolhe o que vai escrever sobre ela mesma.
Outra característica tanto da biografia quanto da autobiografia é a veracidade dos fatos. Costumam ser narrativas não ficcionais, ou seja, não são histórias "inventadas". O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças, de um colorido emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a subjetividade.
AMBIGUIDADE:
Evite-a para fazer uma boa redação
A ambiguidade é um dos problemas que podem ser evitados na redação. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto.
A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem:
· "O professor falou com o aluno parado na sala"
Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".
· "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."
O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que localiza-se na rua Santos"
· "Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão."
Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com frequência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depressão".
Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.
Ambiguidade como recurso estilístico
Em certos casos, a ambiguidade pode se transformar num importante recurso estilístico na construção do sentido do texto. O apelo a esse recurso pode ser fundamental para provocar o efeito polissêmico do texto. Os textos literários, de maneira geral (como romances, poemas ou crônicas), são textos com predomínio da linguagem conotativa (figurada). Nesse caso, o caráter metafórico pode derivar do emprego deliberado da ambiguidade.
Podemos verificar a presença da ambiguidade como recurso literário analisando a letra da canção "Jack Soul Brasileiro", do compositor Lenine.
Já que sou brasileiro |
Podemos observar que o primeiro verso ("Já que sou brasileiro") permite até três interpretações diferentes. A primeira delas corresponde ao sentido literal do texto, em que o poeta afirma-se como brasileiro de fato. A segunda interpretação permite pensar em uma referência ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro - o "Zé Jack" -, um dos maiores ritmistas de todos os tempos, considerado um ícone da história da música popular brasileira, de quem Lenine se diz seguidor. A terceira leitura para esse verso seria a referência à "soul music" norte-americana, que teve grande influência na música brasileira a partir da década de 1960.
O recurso à ambiguidade no texto publicitário
Na publicidade, é possível observar o "uso e o abuso" da linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jogos de palavras. Esse procedimento visa chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Para entender melhor, vamos analisar a seguir um anúncio publicitário, veiculado por várias revistas importantes.
Sempre presente |
Ferracini Calçados |
O slogan "Sempre presente" pode apresentar, de início, duas leituras possíveis: o calçado Ferracini é sempre uma boa opção para presentear alguém; ou, ainda, o calçado Ferracini está sempre presente em qualquer ocasião, já que, supõe-se, pode ser usado no dia a dia ou em uma ocasião especial.
Se você não se julga ainda preparado para uma utilização estilística da ambiguidade, prefira uma linguagem mais objetiva. Procure empregar vocábulos ou expressões que sejam mais adequadas às finalidades do seu texto.
Como fazer um bom texto
03/03/2011
Antes de escrever, é preciso conhecer o assunto |
É importante ter consciência de que, para escrever sobre determinado tema, é preciso primeiramente conhecê-lo. É extremamente difícil elaborar um texto sobre um assunto do qual se tenha pouco conhecimento.
Para desenvolver de forma efetiva a capacidade de produzir textos escritos, torna-se imprescindível a leitura sistemática dos mais diversos materiais sobre o tema a ser abordado.
No momento da elaboração propriamente dita, a anotação em um rascunho de todas as ideias que forem surgindo constitui um recurso fundamental. Nessa etapa do processo de escrita não deve haver nenhum tipo de preocupação quanto à sequência ou organização dessas ideias.
Essa etapa funciona como uma espécie de brainstorming ou "tempestade cerebral". Esse procedimento permite avaliar o grau de conhecimento sobre o tema.
Selecionando as ideias
É preciso, a seguir, analisar com atenção todas as ideias levantadas aleatoriamente e eliminar aquelas que não parecerem apropriadas ao texto a ser elaborado.
A partir daí, devem-se organizar as ideias consideradas relevantes de maneira coerente, em parágrafos articulados entre si. É necessário concatenar o exposto no parágrafo anterior com o parágrafo subsequente, por meio de organizadores ou conectores textuais, como as conjunções e os advérbios, buscando a construção do sentido do texto.
O desenvolvimento das ideias deve seguir a articulação lógica entre as três partes fundamentais do texto, que no caso da dissertação correspondem à introdução, ao desenvolvimento e à conclusão.
Até esse ponto, realiza-se somente um esboço da redação, já que o texto não está concluído. Daqui em diante, é necessário verificar se as ideias levantadas se encontram concatenadas, isto é, se estão encadeadas de forma lógica e coerente, tomando-se o cuidado de se eliminar qualquer tipo de contradição.
É importante examinar, ainda, as palavras e expressões selecionadas para a elaboração do texto, observando a necessidade de trocar aquelas consideradas inadequadas, impróprias ou pouco expressivas, com o objetivo de se atingir a tão necessária propriedade vocabular.
Esse trabalho de adequação do vocabulário deve obrigatoriamente suceder a etapa de articulação das ideias abordadas, uma vez que de nada adianta trocar termos e expressões impróprias em caso de ainda ser necessário mexer na estrutura do texto ou mesmo reescrevê-lo.
Há que se ressaltar, também, o fato de que antes de se finalizar a elaboração do texto e passá-lo a limpo, é preciso fazer uma revisão gramatical, verificando a ortografia, a acentuação gráfica e a sintaxe.
Por fim, ainda que às vezes a nota de uma redação não chegue a ficar comprometida pela ausência do título, é importante não esquecê-lo, pois esse elemento aparentemente secundário do texto geralmente contribui para uma melhor compreensão do direcionamento adotado na exploração do tema.
02/03/2011
Ao lado da coerência, a coesão é outro requisito para que sua redação seja clara, eficiente. A seguir, mostramos alguns elementos que permitem que sua redação seja coesa. Para entender melhor a coesão textual, analise como algumas palavras/frases estão ligadas entre si dentro de uma sequência, numa conhecida fábula de Esopo.
O cão e a lebre Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição, ele parou a caçada. Um pastor de cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo: Moral:O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final. |
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Fábula |
Elementos de coesão |
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição,ele parou a caçada. Um pastor de cabras, vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
“Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ela por sua vida.” |
2- “Sua toca”: o pronome possessivo refere-se à casa da lebre. 3 - No lugar de repetir a palavra ”cão”, foi usado o pronome pessoal por três vezes: 4- Para retomar o substantivo “lebre” foi usada uma expressão semelhante: “Aquele pequeno animal”.
6- A conjunção ”mas” indica um contraste: o cão corria por um jantar enquanto a lebre corria para salvar sua vida |
Você percebeu que os sentidos do texto são "fios entrelaçados" e não palavras soltas ou frases desconectas? São os elementos coesivos que organizam o texto de forma a constituir também sua coerência.
A coesão textual pode ser feita através de termos que:
· retomam palavras, expressões ou frases já ditas anteriormente ("anáfora") ou antecipam o que vai ser dito ("catáfora"). Na fábula, são exemplos de anáforas os itens 2, 3, 4 e 5 da coluna à direita da tabela;
· encadeiam partes ou segmentos do texto: são palavras ou expressões que criam as relações entre os elementos do texto. Exemplo na fábula: item 6, a conjunção "mas" que, além de ligar as duas partes do texto (uma que se refere à atitude da lebre e a outra, ao cão), estabelece uma determinada relação entre elas, isto é, um contraste.
A coesão por retomada ou antecipação pode ser feita por: pronomes, verbos, numerais, advérbios, substantivos, adjetivos.
A coesão por encadeamento pode ser feita por conexão ou por justaposição.
1) A coesão por conexão traz elementos que:
a) fazem uma gradação na direção de uma conclusão: "até", "mesmo", "inclusive" etc;
b) argumentam em direção a conclusões opostas: "caso contrário", "ou", "ou então", "quer... quer"; etc;
c) ligam argumentos em favor de uma mesma conclusão: "e", "também", "ainda", "nem", "não só... mas também" etc;
d) fazem comparação de superioridade, de inferioridade ou igualdade: "mais... do que", "menos... do que", "tanto... quanto", etc
e) justificam ou explicam o que foi dito: "porque", "já que", "que", "pois" etc;
f) introduzem uma conclusão: portanto, logo, por conseguinte, pois, etc;
g) contrapõem argumentos: "mas", "porém", "todavia", "contudo", "entretanto", "no entanto", "embora", "ainda que" etc;
h) indicam uma generalização do que já foi dito: "de fato", "aliás", "realmente", "também" etc;
i) introduzem argumento decisivo: "aliás", "além disso", "ademais", "além de tudo" etc;
j) trazem uma correção ou reforçam o conteúdo do já dito: "ou melhor", "ao contrário", "de fato", "isto é", "quer dizer", "ou seja", etc;
l) trazem uma confirmação ou explicitação: "assim", "dessa maneira", "desse modo", etc;
m) especificam ou exemplificam o que foi dito: "por exemplo", como, etc
2) Os elementos coesivos por justaposição estabelecem a sequência do texto, ou seja:
a) introduzem o tema ou indicam mudança de assunto: "a propósito", "por falar nisso", "mas voltando ao assunto" etc;
b) marcam a sequência temporal: "cinco anos depois", "um pouco mais tarde", etc;
c) indicam a ordenação espacial: "à direita", "na frente", "atrás", etc;
d) indicam a ordem dos assuntos do texto: "primeiramente", "a seguir", "finalmente", etc;
Para analisar o papel da coesão na construção dos sentidos de um texto, faça a correlação entre os provérbios e os elementos coesivos respectivos, preenchendo as lacunas, de tal forma que haja coerência entre as duas partes que constituem esse tipo de texto:
Provérbios |
Elementos de coesão por conexão |
Devagar ....... sempre se chega na frente. |
mas |
Trate os outros ..... quer ser tratado. |
mais... do que |
A aparência pode ser mudada, ..... a natureza não. |
e |
Ao carneiro ......peça lã. |
como |
....vale paciência pequenina ... força de le
CONTRATE A PALESTRA DE QUE PRECISA. ENTRE EM CONTATO PELO E-MAIL. Elaine Ferraz do Amaral Vallim (Nome que dei a essa página) Usei o mesmo título do livro de Marcel Proust - considerado uma das maiores obras literárias do século XX. Atentem-se para o que eu disse: dicas para uma boa escrita. Longe de ser uma fórmula. quando a pessoa domina a escrita, quando se tem fluência verbal, quando se tem o que dizer, não é preciso seguir modelos. O que vou escrever são apenas algumas anotações para aquelas pessoas que têm um pouco de dificuldade ao escrever. Sendo assim... Em se tratando de um texto dissertativo, começemos com: 1 - É preciso começar a escrever o seu texto. Muitas vezes nenhuma ideia lhe vem à cabeça, não é? Por isso é sempre importante que você esteja informado, que você leia com frequência, assista a jornais televisivos e a programas interessantes. è preciso ter o que dizer e lembre-se de que a leitura é uma rede. Quando você começa a tecer, não termina nunca mais; um conhecimento se liga ao outro que se liga ao outro e vai seguindo tecendo a teia do saber. Na maioria das vezes nem sabemos mais onde aprendemos tais coisas. É bom que se aprenda a reconhecer um bom filme, um bom livro, uma boa reportagem, enfim, é preciso exercitar a sua visão crítica, porque essa visão vai na sua escrita, muitas vezes sem você perceber. 2 - A introdução do texto é onde você apresenta ao leitor o assunto sobre o qual irá falar. Você pode falar mais genericamente ou particularizadamente. Você pode começar com uma visão histórica dos fatos, com alguma citação, enfim, o leitor já deverá saber sobre o que vai ler. Se você estiver escrevendo um texto de 30 a 40 linhas, esse primeiro parágrafo pode ficar menor, porque você ainda não começou a sua argumentação. Claro, se estiver escrevendo um texto maior, como uma tese de mestrado ou de doutorado, será diferente. Se for um tema polêmico, deixe transparecer a sua posição acerca do assunto, nunca fique "em cima do muro". 3 - O desenvolvimento, como a própria palavra diz, é o desenvolvimento de um tópico frasal. Lembre-se de que existe uma ideia principal( que é o tópico frasal) e esta deve ser desenvolvida. Como fazer isso? Pode-se acrescentar informações, ou seja, expandir esse tópico já levantado; pode-se citar exemplos, desde que seja do conhecimento de todos, fatos que tenham sido veiculados na "grande" mídia. É preciso ter argumentos, ter conhecimento do assunto sobre o qual se está escrevendo. Uma opção, também, é apresentar argumentos a favor ou contra, se assim o assunto permitir. Esse parágrafo não deve ser curto, pois você está desenvolvendo um tópico. Deve ter umas sete a oito linhas. Se você ainda tem o que dizer dentro desse tópico, então, é aconselhável fazer outro parágrafo. Parágrafos muito longos comprometem a clareza do texto. Mas, vejam bem,para aqueles que têm domínio da escrita e não precisam de orientações, não há regras, é estilístico. 4- O desenvolvimento deve ter quantos parágrafos forem necessários para abordar o assunto de forma completa. Claro, se for em alguma prova, deve-se obedecer ao número de linhas exigido. Sendo assim, é preciso fazer um "recorte" no assunto. Deve-se particularizar mais, para ssim aprofundar no assunto. Entretanto é preciso atenção, pois "encher linguiça" é tudo de ruim que se pode fazer numa redação. Há de ter sempre o que dizer. Cuidado com a concisão e objetividade. Evite o texto prolixo. 5 - Importantíssimo: Os parágafos devem ser encadeados, isto é, uma ideia deve se ligar à outra. Da mesma forma, é preciso fazer o encadeamento entre os períodos. Para fazermos essa ligação, essa coesão, podemos usar palavras como: entretanto, embora, quando, ele, ainda, assim, isso e muitas outras. São pronomes, conjunções, advérbios...,que, através do sentido, faz um elo entre o que está se dizendo ao que já foi dito antes. Porque um texto não é um amontoado de ideias e sim um "todo". 6 - Como já disse anteriormente, leitura é fundamental. Assim, fazer uma intertextualidade ou uma citação é muito bacana e mostra o seu conhecimento acerca de outros assuntos. 7 - COMO CONCLUIR O TEXTO: Numa conclusão, podemos, por exemplo, reafirmarmos posições e resumir o texto. Para iniciar uma conclusão, empregue preferencialmente as conjunções conclusivas (Logo, por isso, portanto, assim (seguido de vírgula), por conseguinte, face ao exposto, Em suma, isso posto...). Evite “conclui-se que....” ou “ Por fim”, ou “Enfim”, já são expressões desgastadas. Estou à disposição. vejam como eu conduzo o meu trabalho de correção. A redação empresarial como comunicados, memorandos, cartas comerciais, relatórios etc., se bem escritos, fornecem um histórico de suma importância para as empresas, seja para resgatar etapas de um negócio efetivado com sucesso, seja para analisar por que determinada proposta não foi bem-sucedida. Se mal elaborada, a redação comercial não persuade. Propostas ambíguas levam a maior desperdício de tempo, para tentar entender a mensagem. Como a maioria não dispõe de tempo para decifrar textos intricados, perdem-se negócios. Se a incomunicabilidade redacional se mantiver, haverá perda de credibilidade, ou seja, não haverá fidelização dos clientes ou consumidores, que terão uma predisposição ao descaso em relação a todas as mensagens veiculadas pela empresa. Ou seja, um texto mal escrito não passa credibilidade e a empresa perde com isso. Os textos comerciais obedecem a uma unificação redacional que facilita a comunicação entre as empresas. No entanto, é preciso observar que essa padronização sofreu alterações simplificadoras. Para se ter uma ideia, a finalização dos textos oficiais apresentava 15 padrões. Hoje, há duas fórmulas de despedida. Apesar disso, a permanência de entulhos linguísticos, em alguns textos, ainda atrapalha a rapidez nos negócios. . Como esta página é dedicada à escrita, a primeira indicação não poderia deixar de ser o Gabriel Garcia Marques. Para mim, ele é o representante da "Arte de Escrever". Por isso indico a leitura de CEM ANOS DE SOLIDÃO - totalmente imperdível!!!! Demais, demais, demais!!! E o tão maravilhoso O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA - M A R A V I L H O S O S!!!!!! Boa leitura! Há pouco tempo terminei de ler Budapeste. Ainda estou com o gostinho na boca. Adorei. Penso ser um grande equívoco daqueles que comparam o romancista com o letrista. Querer ver o Chico compositor em Budapeste só mostra o quanto há críticos despreparados por aí. O livro é muito interessante. A primeira frase é linda... e inusitada. A leitura, em muitos pontos, torna-se uma aula de linguística. Muito criativo e inovador. Recomendo. "A insustentável leveza do Ser" ,de Milan Kundera, é um daqueles livros que não basta ler apenas uma vez. Ainda não acabei a segunda leitura e estou muito mais sensibilizada do que da primeira vez. Mexe lá no fundo. Leva-nos a vários questionamentos a respeito da vida. o Autor apresenta-nos a problemática do “eterno retorno”, teoria desenvolvida por Nietzsche, que implica a impossibilidade de sabermos as consequências ou implicações na nossa vida se tivéssemos tomado a decisão oposta. O eterno retorno assenta no pressuposto de que o curso da vida não segue em linha reta, mas em círculos. Ou em espiral. O que remete para a tese de Heráclito, de que “nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”. Nota 1000! Leitura obrigatória! Que leveza! Que suavidade! Apesar de Clarice ser cheia de contradições (e quem não é!), a leitura é prazerosa. A autora conta os pormenores da sua vida durante tantos anos longe do Brasil. Com certeza, ficamos conhecendo não só a escritora, mas a mulher, o ser humano, ficamos conhecendo CLARICE LISPECTOR! Ao final da leitura estamos com o nosso coração em paz. Uma delícia! Eu recomendo. NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI - Em homenagem à escrita, indico esse filme, pricipalmente, pelo belo roteiro, como também pela sensibilidade e pelo trabalho dos autores. Esse título é demais!!!! Boa sessão!!!! Sensível e triste. Sem apelação emocional, terminamos de ver o filme com um aperto no coração. É realmente comovente. Fala sobre o desemprego em tempos de Capitalismo. Maravilhosa atuação de Javier Baldem. Direção de Fernando Leon de Aranoa. Sou suspeita para falar, pois adoro cinema espanhol. Vale a pena mesmo. Filme ganhador de vários prêmios. Desta vez, o imperdível filme francês. Divertido e muito bacana. O título em português é "A culpa é de Fidel". Às voltas e reviravoltas do mundo político de uma família comunista, visto pela ótica de duas crianças. Às vezes, literalmente. A câmera faz tomadas à altura dos olhos das crianças, algumas vezes sem mostrar os rostos dos adultos. Um show de interpretação de Nina Kervel-Bey que interpreta uma Anna, atordoada com as mudanças que vão ocorrendo em sua vida, pelas posições políticas de seus pais. Um filmaço! Você vai dar boas risadas! Filme, sensível, surpreendente, diferente, uma arte. Como não estamos acostumados a ver cinema mexicano, este é imperdível. Poético, emocionante! |